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A atenção como capital de valor na era da chuva de informação

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Nunca paramos para pensar na atenção como um recurso limitado. Toda vez que vou dar cursos sobre como criar conteúdo que engaja, dou um exemplo que gostaria de dividir com todos os leitores:

Imagine seu público com seu conteúdo aberto na tela do computador. No navagador dele, na aba ao lado, tem um vídeo bem humorado do Whindersson Nunes. Pronto. Agora, você precisa ser melhor que ele. Todos os conteúdos competem com todos. Como chamar a atenção?

Sim. A Atenção é algo altamente limitado e escasso em tempo de muita competição. Estamos bem diante daquilo que chamamos em comunicação de “overload de informação”.

Isso quer dizer que estamos completamente inseridos em um mundo interligado entre si e com muito volume de conteúdo nas mais diversas linguagens, formatos, plataformas e canais distintos. Tudo rodando ao mesmo tempo. É por isso que precisamos pensar em como nossa audiência, cliente e público faz a escolha do que priorizar.

A nossa capacidade mental de atentar a algo é limitada, e isso, faz com que a nossa receptividade de informação também seja. A atenção é usada para filtrar as informações mais importantes pelo cérebro e colocar as outras em segundo plano de maneira automática. Mediante a um conjunto de informações, o cérebro faz a sua escolha mais confortável.

No mundo digital a atenção é ainda mais acirrada

Na era digital, este fenômeno se multiplicou ainda mais. “Prestar atenção” virou mais que um ação. Ganhar a atenção das pessoas é realmente um dos ativos financeiros mais buscado e importantes de qualquer dinâmica social e comercial.

Fazer com que alguém fique atento por algum tempo em algo e conseguir como que ele crie uma associação positiva e emocional com aquilo, acaba por transformar experiência em produto. Percebe como tudo começa na captura da atenção?

Não é segredo que pessoas tomam decisões baseando-se no tanto que ficam fascinadas com as coisas. A atenção, neste sentido, tem a ver com o engajamento mental que empenhamos sobre uma informação.

O que consumimos, portanto, é resultado da quantidade de atenção que depositamos. Ao atingir nossa consciência, estamos prontos para decidir agir. É deste ponto que precisamos ter ideia de como monetizar a irracionalidade da atenção da humanidade.

Já ouviu falar de economia da atenção?

O economista Herbert A. Simon, foi umas das pessoas que realmente entendeu esse conceito e articulou o conceito conhecido como Economia da Atenção. Segundo o autor, este conceito lança a ideia de que:

“ … em um mundo rico em informações, a riqueza de informações significa uma carência de algo mais:. escassez de tudo o que é que a informação consome Que informações consome é bastante óbvia: que consome a atenção dos seus destinatários Daí a riqueza. de informações cria uma pobreza de atenção e uma necessidade de alocar essa atenção de forma eficiente entre a superabundância de fontes de informação que pode consumi-lo”

A grande descoberta que fez foi de que uma grande riqueza de informações cria pobreza de atenção, nesse sentido, temos a necessidade de alocar a nossa atenção de um modo que seja mais eficiente possível. A abundância de fonte de informação nos confunde.

É sobre isso que a Economia da atenção aponta: A atenção tem realmente um valor importantíssimo para quem precisa de público.

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E como saber contar histórias ajudam a driblar isso?

Vivendo na era digital, esta questão se torna ainda mais delicada. Temos a necessidade de construir bons debates, ao mesmo tempo em que provocamos um bom engajamento. Histórias que são capazes de gerar coparticipação com as experiências e valores e um público ganham uma relevância fora do comum.

O usuário da era digital precisa enxergar-se como protagonista. Este é o pecado de muitas empresas que resolvem entrar no mundo digital, elas acreditam mesmo que as pessoas vão se interessar pelas suas empresas de maneira ativa e mágica, mas enquanto profissionais de marketing acreditam nisso, as pessoas querem apenas compartilhar memes, divertir-se enquanto aprendem e se ver como parte de uma causa.

Enquanto estamos criando conteúdo — vídeos, textos, imagens — para falar cada vez mais sobre a nossa empresa, as pessoas estão na contramão ignorando esse velho marketing para atentar-se a iniciativas que a ajudem a tirar suas angustias e lhes trazer prazer. É assim que os públicos entendem a entrega valor relevante.

Fazer com que tão querida relevância venha não depende só das informações contidas nos meios, mas principalmente das conexões e interações que as histórias conseguem fazer. Toda maneira de criar precisa estar diante de um enredo que faça sentido e que tenha correspondência com o contexto do usuário.

É por isso que contar histórias é a melhor maneira de resolver este problema da falta de atenção.