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Novo normal, para quem?

Daqui do meu home-office eu consigo imaginar você clicando no título deste texto com um olhar curioso e até meio desconfiado. Aposto que pode ter passado pela sua cabeça que eu estava tapando o rosto para a realidade óbvia deste momento.

Não vou contrariar o mundo inteiro. Não dessa vez! Em pleno tempo de claras mudanças, jamais desfilaria por aí como o cara que diz o contrário da maioria. O que ofereço nesta reflexão é apenas uma abordagem sobre o real preço de mudar tudo.

Dizer que as empresas estão inseridas em um contexto de mudança não parece exagero. Elas sempre mudaram. A questão é que isso esta mais veloz. Agora, mais do que isso, pergunto firmemente:

Será que estamos enfrentando essa realidade como gente grande ou, no fundo, todo mundo está com medo de mudar de verdade?

Não é de hoje que temos problemas com mentalidades ultrapassadas. Neste cenário inédito, fica evidente que novas atitudes exigem novos empenhos. E, convenhamos, a classe corporativa — cometendo voluntariamente o crime da generalização — não está preparada para mudar tão bruscamente seus esforços.

Para o mundo da gestão, esta nova realidade cotidiana precisou reconsiderar também um novo rumo. E nessa jornada de descobrir-se novamente como empresa, precisamos nos entender como profissionais e também como pessoas. Fomos forçados a repensar tudo.

Apesar de o mundo ter sentado a bunda no grande divã que é uma crise mundial, só existe o tal “novo normal” para aqueles que nunca se contentaram com a normalidade.

Todos aqueles que insistirem em manter culto a suas antigas culturas terão prejuízos crescentes.

Não deveríamos alimentar esta disposição de transformar e adaptar apenas por um instante. Aqueles que ainda olham para este momento como uma turbulência passageira, e acreditarem, que depois disso tudo, poderão retomar o antigo plano de voo tradicional, não viverão o suficiente para ver este "novo normal".

É como ser fumante e acreditar que, um dia, teremos novamente a permissão para fumar dentro das aeronaves como já foi permitido um dia, sem se dar conta que a maioria já não aprova mais o cigarro nos vôos.

É HORA DE GERENCIAR RISCOS E ANALISAR CENÁRIOS COMO GENTE GRANDE

Não dá mais para caminhar no escuro. Até dá, mas é perigoso. Diria até fatal. Qualquer empresa que queira sobreviver ao novo mundo precisa contar realmente com ferramentas úteis que facilitem enxergar cada detalhe que está a nossa frente com clareza.

No campo empresarial, toda tomada de decisão precisa ser estrategicamente milimetrada. Precisamos cuidar desde o nossos ativos humanos até os financeiros com a mesma responsabilidade. Isso quer dizer, investir em saúde mental, desenvolver produtividade a partir de desempenhos possíveis e aprender a calcular riscos eminentes para enfrentar ambientes adversos de maneira mais eficiente.

Os desafios renovaram-se diante de um novo mundo, mas para estarmos prontos para lidar com isso, precisamos verdadeiramente abandonar a era das “intuições”, das “impressões”, do “achismo arrogante”, para migrar para uma realidade mais mensurável e palpável.

Estou falando que talento já não garante sucesso, é preciso ter estratégias validadas para alinhar expectativas com realidade. Mais que potencializar a governança corporativa..

Uma gestão que seja fruto de uma análise mais apurada, capaz de entregar evidências que ajudem a reduzir riscos e que permita enxergar cenários com mais nitidez.

Não dá mais para tornar-se um aventureiro no meio do tiroteio. É hora de reunir recursos, ferramentas, métodos, dados, números e emancipar pessoas, capacitá-las para gerir negócios e projetos como uma rede que usa de banco de informações para alavancar boas escolhas.

Tem que ser eficiente criar e acompanhar KPIs de processos, projetos e pessoas. Acabou a era do amadorismo.

É HORA DE FACILITAR A TROCA DE INFORMAÇÃO E A COMUNICAÇÃO

Nunca tivemos tantos canais de comunicação. O excesso de interações e a quantidade enorme de informações já é marca de um novo tempo faz anos. Agora, com novas maneiras de inter-relacionar-se exigem da gente um novo padrão para lidarmos com o dia-dia.

Nunca precisamos tanto de centralização de informações, de registros cada vez mais organizados, de novos comportamentos surgindo. E para que isso possa ser realmente aproveitado da maneira mais produtiva possível é preciso otimizar comunicação.

Não dá mais para oferecer uma comunicação deficitária e cometer erros como ignorar uma nova maneira de falar, ouvir, gerar atenção e promover produtos e serviços. Dentro ou fora da empresa.

Sem contar a necessidade de colocar-se de forma correta para o público externo, mas também olhar para a comunicação interna como uma prioridade. Manter uma comunicação ativa, eficiente e transparente é mais que necessário.

Viver um modelo de trabalho a distância quer dizer realizar trocas simultâneas e diárias que torna cada vez mais frequentes e aceleradas. Com isso, aumentamos a sensação de grupo. Engajar pessoas tem a ver com oferecer a elas uma qualidade nas suas maneiras de expressar e sentir-se expressadas. É hora de compartilhar informações com agilidade e transparência.

FOCAR NA BUSCA DOS RESULTADOS PARA ALÉM DA GRANA

Aumentar a produtividade tem a ver com usar recompensas essenciais para motivar e gerenciar equipes. Trata-se de encontrar oportunidades de melhoria que sejam valorizadas. Ou seja, resultados vão além de fazer a gestão de reuniões, checagem de metas e se espelhar em portfólio de projetos de sucesso.

Quando gestores não sabem bem como recompensar pessoas, acabam acreditando que elas são movidas pelas mesmas coisas que ele, mas imprimir isto nos liderados pode ser um erro fatal na autoridade e na percepção de time. Estamos vivendo um tempo em que a recompensa financeira é um dos pilares que satisfaz a vida profissionais, mas não são a totalidade delas.

Algumas gostam de reconhecimento, outras apenas de cargos, existem ainda aquelas que tem como marca de sucesso apenas medidas de poder, o lance é descobrir como cada um lida com a sua produtividade e entregar metodologias de planejamento estratégico que sejam combustíveis para que essas pessoas sintam-se parte de um todo.

Recompense pessoas de acordo com a produtividade delas, mas nunca ignore o que elas sacrificaram para estar ali. Só isso gera fidelidade em tempos difíceis.

Isso tudo se agrava mais ainda em um momento de instabilidade. Não é um bom caminho oferecer como garantia da fidelidade do seu time o discurso “os tempos estão difíceis então faz o que eu peço e garantirá seu emprego”. Acredito realmente que em tempos de mudanças bruscas, as pessoas tornam-se ainda mais corajosas para enfrentar esse tipo de padrão de gestão.

A missão da gestão nesse mundo novo é não só integrar pessoas, operação e estratégia, mas aprender que mudar pode ser saudável e esta talvez seja uma oportunidade única de transformar seus negócios.

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