Criando conflitos necessários para ter mais resultados com seu público

Aprenda Storytelling e Planejar, fazer e distribuir conteúdos

Conflitos geram atenção. Isso não quer dizer que ser o tempo todo conflitante e bélico vai te ajudar a ter mais público. Como jornalista, já assisti muitas carreiras começarem com polemistas clássicos, mas cansei de ver credibilidades inteiras caírem meteoricamente por conta de conflitos mal posicionados ou desnecessários.

Não há ninguém no mundo que não tenha enfrentado conflitos. É exatamente por isso que utilizá-los como ferramenta de humanização de conteúdo pode ser um forma inteligente de comunicar-se com pessoas. Somos conflitantes por natureza.

Lembro-me bem que, no ensino médio, eu tinha uma grande afinidade com a matéria de biologia, e por isso, cheguei a pensar em prestar o curso no vestibular. Por sorte, durante o cursinho, acabei vendo que minha habilidade para escrever era ainda maior do que a minha afinidade com as ciências naturais. (Caso contrário, este texto não estaria sendo escrito).

Naquele período da minha vida, estava exatamente passando por um tipo de conflito interno. Fazia muitas perguntas para mim mesmo diante de um conflito vocacional e buscava ajuda de algumas forma.

Naquele tempo, não tínhamos acesso à internet com tanta facilidade, e certamente, se eu tivesse a possibilidade de encontrar alguma voz capaz de me esclarecer determinadas dúvidas, teria sido menos complicado assumir a escolha mais correta.

Há sempre alguém com algum conflito a ser resolvido

Sempre temos pessoas com problemas fundamentais. É justamente nesse momento que o seu conteúdo pode ser um oásis no deserto e engajar pessoas em prol de alguma situação. É nessa hora que um conteúdo pode ser o salvador da pátria para muita gente. Este é o melhor timming para seu cliente encontrar seus materiais e soluções.

Uma das funções mais importante de qualquer conteúdo deve ser criar a capacidade não só de trazer ferramentas a fim de resolver ou debater cenários e contextos, mas até mesmo conseguir provocar determinadas reflexões.

Posso afirmar com segurança que o valor de um conteúdo está na sua aptidão em lidar com os conflitos humanos.

Atingir em cheio o status quo é uma das habilidades mais importante para que seu material tenha uma força diferenciada em relação aos demais. Por uma razão desconhecida, a gente se engaja com aquilo que mexe conosco.

Cercados por conflitos e lidando com escolhas

Alguns conflitos diários podem até ser uma tarefa simples. Outros, por natureza, já são bem mais complexos de resolver. Um bom exemplo é escolher uma roupa pela manhã. Esta pode ser uma tarefa fácil para algumas pessoas, mas para outra, é uma missão bastante embaraçosa.

Quando estamos diante de diversas possibilidades, o conflito começa a surgir, e por causa disso, precisamos de referências que nos ajude a eleger a melhor das alternativas. Todo mundo tem um lado, mas nunca sabe se é o melhor a escolher.

Além disso, nossa vida normalmente é muito agitada e estamos diante de problemas de escalas, importâncias e causas diferentes o tempo todo. Há sempre alguma coisa errada com nossos relacionamentos, com nossos negócios, com nossa forma de olhar para o trabalho, com nossa expectativas e até mesmo em lidar conosco mesmo. Esta é a contingência mais crucial da vida.

O valor dos conflitos dentro de uma narrativa

Uma outra perspectiva dessa discussão é considerar a importância da presença de conflitos em nossos conteúdos. Pensando como público, geralmente são os conflitos que nos causam a ideia de movimento e é o fio condutor de uma boa história.

Nossa audiência está sempre inquieta com algo novo, temos que ser inteligentes para aproveitar isso da melhor maneira possível e com a finalidade de aproximar-se deles. Vivemos um momento de crise da atenção, a era das telas nos obrigam a estar ligado em muitas coisas ao mesmo tempo.

Se formos capazes de construir variações de conflitos para reter mais a concentração do público, porque não se utilizar dessa estrutura dentro da sua estratégia?

O real significado dos conflitos dentro de uma história é de trazer emoções à tona.

Conteúdo lineares e triunfalistas cansam

Se você fizer uma análise rápida para as produções do cinema, perceberá que os personagens que fazem mais sucesso já não são mais aqueles estereótipos perfeitos e cheios de forças indestrutíveis e poderes imbatíveis. O cinema de hoje está mais interessado em construir personagens complexos e com muitos dilemas a serem resolvidos.

Talvez estejamos entrando cada vez mais na era que se dispõe a debater o ser humano e todas as suas variações. Talvez uma das razões para essa mudança seja que ninguém mais aguenta aquelas narrativas que mostram apenas pessoas sorrindo como se tudo tivesse sempre que dar certo o tempo inteiro.

Tem que haver altos e baixos dentro de um conteúdo como resposta a uma vida humanizada. Precisamos do conflito para equilibrar narrativas e trazer mais humanidade para as circunstâncias reais da vida.

Se deixarmos de evidenciar os triunfos o tempo inteiro, tendemos a ser bem mais empáticos com a audiência do que se focarmos apenas em histórias sem qualquer desafio a ser enfrentado.

Um bom conteúdo exige uma jornada de transformação. E essa, só acontece com muito conflito.

Por isso, a importância de dar vivacidade as histórias. Não menospreze o poder dos fracassos. Realmente, nas crises podem estar os melhores conteúdos. A humanidade sempre engaja-se com aquilo que é sensível a eles.

Construindo conflitos que valem a pena

Construir um conflito pode ser uma tarefa bem melindrosa. O conceito básico aponta que para que haja um conflito intenso é preciso que duas ideias/pessoas/situações opostas estejam se em lugares milimetricamente opostos.

Falando de Storytelling, um conflito só é estabelecido quando existe uma força antagônica que disputa um espaço com o protagonista. Há muitas maneiras de entender conflitos. Quero trazer para você alguns dos mais comuns para que entenda como pode aplicar e rastrear maneiras de aproveitá-las em seus conteúdos.

Há diversos tipos de conflitos. Vou reservar- -me apenas para comentar aqui aqueles mais comuns e como você pode utilizá-los para formatar seu conteúdo de maneira mais criativa.

Quando os conflitos estão dentro

O primeiro que gostaria de falar é do conflito interno, ou seja, os dilemas do protagonista consigo mesmo. Quem nunca passou por algo parecido? Todos enfrentam isso.

Sendo assim, com toda certeza, seu público também já teve que confrontar seus valores, repensar seus princípios e ponderar convicções antes de tomar uma atitude importante. A grande maioria das pessoas não sabem identificar a construção de crenças que os limitam a agir ou detectar barreiras que os impede de conseguir a materialização das suas metas.

Enquanto você pensa sobre seu conteúdo, você deve lembrar-se dos dramas internos mais recorrentes numa narrativa.

Geralmente são personagens competindo por um objetivo ou desejando metas reais iguais, histórias em que sujeitos vivem discordando na maneira como enxergam determinada situação. Isso tudo é uma matéria-prima para um conflito interno.

De modo geral, essas situações heterogêneas nascem dos sentimentos comuns como a culpa, o receio, o medo, a empolgação, a ansiedade. Se você conseguir apaziguar os dilemas que eles enfrentam os fornecendo ferramentas, você será visto como um grande parceiro dele na caminhada da vida.

E isso, realmente se transformará em ganhos irreversíveis para a imagem da sua marca, produto ou serviço.

Quando os conflitos que estão fora

Indo um pouco mais a fundo, da mesma forma, existem os conflitos extra pessoais, que geralmente acontecem entre o protagonista e qualquer outra coisa que seja exterior a ele. Normalmente, estamos falando de algo que tem uma relação não humana. É bastante comum a origem desse antagonismo ser uma força não-pessoal.

No caso do cinema, pode ser um desastre natural como terremoto, maremoto, enchente ou então, um conflito entre indivíduo e instituições sociais como governo, organizações criminosas, igreja, governo, ou ainda podem ser ideias como o preconceito, a violência, um comportamento da sociedade... Enfim.

Alguns exemplos clássicos aplicáveis podem ser, por exemplo, a história de um empreendedor que está com muitas dificuldade em abrir a sua empresa devido a burocracia do governo, um paciente com problemas em adquirir uma medicação específica por um programa, um grupo de pessoas que quer conquistar algo em comum.

É totalmente aplicável a sua realidade de público. O que você precisa ter em mente é que sempre há uma luta de um personagem principal contra uma entidade.

Há sempre um inimigo comum a ser combatido pelo seu público. Alia-se a ele nesse combate.

Basta você identificar o alvo ou ajudá-lo nessa tarefa. A grande pergunta que precisa se fazer é: Qual é o conflito que eu posso lidar pelo minha audiência?

Faça uma lista, pesquise com sua audiência e produza conteúdos sobre elas. Quando ajudamos pessoas a passarem por situações complicadas, geramos alívio e este alívio um sentimento de contentamento e gratidão. Quando chegamos nesse estágio, fica completamente mais viável falar de negócios.

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